30 outubro 2007

ANIMUSFÓRUM

Como já havíamos noticiado neste espaço, a APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural lançou recentemente um fórum agora batizado pelos que nele tem participado com o nome de "Animusfórum".
Trata-se, em nosso entender, de um espaço de visita obrigatória para estudantes e profissionais de Animação Sociocultural. Mas mais do que visitar este espaço é importante que nele participemos. Sem a participação de todos aqueles que estudam, trabalham ou se interessam pela Animação Sociocultural dificilmente conseguiremos afirmar social, profissional e institucionalmente esta actividade.

18 outubro 2007

Cursos Superiores de Animação: 2ª fase de Colocações

Os resultados da segunda fase de candidaturas aos cursos superiores públicos na área da Animação Sociocultural evidenciam que foram neles colocados mais 159 estudantes. Com estas novas colocações ficaram preenchidas 86% das 436 vagas iniciais existentes nos 11 cursos considerados.
Com estas colocações ficaram integralmente preenchidas as vagas de oito cursos e quase integralmente preenchidas a de mais um curso. Apenas em dois cursos o número de vagas, após esta segunda fase de colocações, é ainda elevado: o ministrado pelo polo de Chaves da UTAD (54% das vagas preenchidas) e o ministrado pela ESE de Portalegre (apenas 7,5% das vagas preenchidas).
Os resultados desta segunda fase de colocaçãoes podem ser consultados aqui.

16 outubro 2007

Ética e Deontologia do Animador Sociocultural

Há uns dias uma utilizadora do, recentemente lançado, Fórum da APDASC colocou uma questão relacionada com a existência, ou não, de documentos sobre a Ética e a Deontologia do Animador Sociocultural. Tal questão motivou-me a procurar informação bibliográfica, esforço que se acabou por revelar infrutífero. Face a esta lacuna resolvi avançar com uma breve reflexão sobre um tema que me parece pertinente num contexto de afirmação e valorização profissional daqueles que exercem funções na área da Animação Sociocultural.

Antes de mais pareceu-me conveniente precisar aquilo que habitualmente se entende por estas duas palavras: Ética e Deontologia (1).

Ética é uma palavra que deriva do grego “ethiké” ou do latim “ethica” (ciência relativa aos costumes). A ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que é frequente a utilização indiferenciada dos termos ética e deontologia.

O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício da uma profissão.

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo, geralmente, esta codificação da responsabilidade de associações ou ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora.

Esclarecidos os conceitos, e no que respeita a uma Deontologia do Animador Sociocultural, importaria começar por reflectir sobre que Valores e Princípios deverão sustentar a sua prática profissional. A este respeito tenho de confessar que pessoalmente não consigo definir Animação Sociocultural sem fazer referência a um conjunto de valões e princípios que, em meu entender, são indissociáveis à prática da Animação constituído mesmo o seu fundamento. Respeito pelos Direitos Humanos e pela diversidade da pessoa, democracia e liberdade, cooperação, solidariedade e resolução pacífica de conflitos, são, entre outros, conceitos que, na minha opinião devem fundamentar a Animação Sociocultural.

Com efeito, e como já antes se afirmou os valores, os ideais – e não as ideologias – reflectem-se nos princípios que fundamentam as deontologias profissionais. Veja-se, por exemplo, o documento “A Ética do Trabalho Social: Príncipios e Critérios” da responsabilidade da “The International Federation of Social Workers” (IFSW) que pode se consultado aqui na sua versão em castelhano. O documento está dividido em duas partes: a “Declaração Internacional de Princípios Éticos do Trabalho Social”e os “Critérios Éticos Internacionais para os Trabalhadores Sociais”. Estes textos enumeram os princípios éticos básicos da profissão de trabalho social, recomendam procedimentos em situações de dilemas éticos (conflitos de interesses) e abordam a relação da profissão e dos trabalhadores sociais individuais, com aqueles com que trabalham, com as instituições que os empregam e com colegas e outras pessoas que trabalham nesta área.

Uma análise detalhada deste documento poderia constituir, eventualmente, um ponto de partida para a produção de um projecto de Estatuto Deontológico do Animador Sociocultural. Com efeito são evidentes os pontos de contacto entre as profissões sociais, onde obviamente trabalhadores sociais e animadores socioculturais se inserem não obstante a especificidade dos fins, das metodologias e das técnicas que caracterizam tais profissões.


(1) As definições aqui apresentadas foram extraídas do website “Psicologia.com.pt”.

09 outubro 2007

REVISTA "PRÁTICAS DE ANIMAÇÃO"

Já se encontra disponível, para consulta on-line aqui, o n.º 0 da revista «Práticas de Animação». Trata-se de uma oportuna e importante iniciativa da DelegaçãoRegional da Madeira da APDASC - Associação Portuguesa para o Desesenvolvimento da Animação Sociocultural.
De acordo com Albino Viveiros, da Delegação da Madeira da APDASC, a revista «Práticas de Animação» "tem como objectivos a divulgação da Animação Sociocultural através das suas diversas práticas educativas e culturais; contribuir para a construção de um espaço de debate e reflexão sobre a Animação em Portugal; possibilitar que Animadores e outros profissionais possam contribuir para a afirmação de novos projectos associativos no âmbito das práticas de Animação Sociocultural; reunir ideias e opiniões sobre teorias e práticas da Animação, lazer e recreação, do desenvolvimento comunitário e da pedagogia, estimulando os animadores e otros agentes de intervenção a participar activamente num projecto colectivo."
Este número experimental de uma revista, que pretende ter uma periocidade anual, apresenta um interessante conjunto de artigos de consulta indispensável para estudantes e profissionais da Animação Sociocultural.