09 novembro 2010

Campos de Férias e Direitos Humanos: Guia para Animadores

Este é o título de um trabalho elaborado em 2008 no âmbito de um projecto da Associação para a Promoção Cultural da Criança (APCC) inserido na campanha europeia “Todos Diferentes, Todos Iguais” e que agora se transformou em livro. Partilho convosco o capítulo introdutório desta publicação que se encontra disponível nas lojas da FNAC e na livraria on-line Wook.

A Associação para a Promoção Cultural da Criança (APCC) desenvolve actividades culturais e educativas há mais de vinte e cinco anos: campos de férias, intercâmbios de jovens, formação de animadores, projectos de cooperação com países de expressão portuguesa, edição de livros e jogos educativos.

O objectivo da APCC é contribuir para o desenvolvimento das crianças e jovens, promovendo o seu sentido de justiça, de respeito pela diferença e de responsabilidade e motivando-os para uma participação activa e construtiva na vida social. As actividades da APCC regem-se pelos princípios da solidariedade, igualdade, cooperação e defesa do ambiente.

A APCC desde sempre encarou os Campos de Férias como espaços educativos para crianças e jovens susceptíveis de complementar a acção das famílias e da escola – os espaços educativos tradicionais.

Os Campos de Férias têm um inegável valor educativo porque proporcionam às crianças e aos jovens vivências, experiências e espaços capazes de contribuírem para a aquisição e consolidação de competências individuais e sociais. Competências associadas à promoção de um conjunto de valores sociais e humanos dos quais se destacam a igualdade de oportunidades, a solidariedade, a cooperação, a coesão social, a valorização das diferenças, a cidadania activa e a democracia participativa.

O pleno aproveitamento dos Campos de Férias enquanto espaços educativos exige da parte daqueles que neles intervêm - organizadores e animadores - informação, formação e recursos técnicos e didácticos. É neste sentido que se enquadra a edição deste manual, que prossegue um esforço desde sempre desenvolvido pela APCC no sentido de contribuir para o reforço dos conteúdos educativos dos Campos de Férias.

A Educação para os Direitos Humanos é um dos conteúdos educativos que podem ser explorados em Campos de Férias. Porque os Campos de Férias oferecem condições particularmente adequadas para trabalhar áreas fundamentais da Educação para os Direitos Humanos, designadamente ao nível das Atitudes e dos Valores.

Este é o contexto de partida desta publicação, parte integrante de um projecto mais amplo desenvolvido pela APCC, com o apoio do Instituto Português da Juventude, no âmbito do Programa Todos Diferentes Todos Iguais. Projecto que contemplou também a realização de três acções de formação para Animadores de Campos de Férias.
 Os conteúdos deste projecto, e por conseguinte deste manual, repartiram-se pelas áreas temáticas da Diversidade, Não discriminação, Inclusão, Participação e Cidadania Activa.


O presente manual está dividido em três partes.

A primeira parte, Reflectir – Fichas de Exploração Temática, compreende um conjunto de textos onde se perspectivam as possibilidades de integrar nos Campos de Férias diversos conteúdos de Educação para os Direitos Humanos (EDH).

Na segunda parte, Agir – Fichas de Actividades, compila-se um conjunto diversificado de ferramentas práticas utilizáveis por Animadores de Campos de Férias nestes domínios.

A última parte, Explorar – Recursos Complementares, inclui a referência a um alargado conjunto de outros recursos a que Organizadores e Animadores de Campos de Férias podem recorrer para integrar a EDH nestas actividades.

Ainda que estes conteúdos tenham sido concebidos para organizadores e animadores de Campos de Férias, estamos convencidos que poderão ser igualmente úteis para dirigentes, técnicos, animadores e educadores de outras instituições e valências relacionadas com o trabalho com crianças e jovens em contextos de natureza social, comunitária e educativa. Contextos onde, também, é possível e desejável integrar a Educação para os Direitos Humanos.


(Publicado em simultâneo no blogue Anijovem – Animação Sociocultural e Juventude e no blogue do Portal Anigrupos)

02 novembro 2010

A Animação em Congresso

É já nos próximos dia 18, 19 e 20 de Novembro que vai decorrer em Aveiro o Congresso Nacional de Animação Sociocultural - "Profissão e Profissionalização dos/as Animadores/as".
Este congresso, organizado pela APDASC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural culmina um amplo processo de reflexão levado acabo num Ciclo de Debates que aconteceram um pouco por todo país entre Março e Junho de 2010.
Em discussão neste Congresso vão estar, entre outros temas, o Estatuto e Carreira dos/as Animadores/as Socioculturais, o Código de Ética e Deontologia da Animação Sociocultural e a Formação em Animação Sociocultural. Temáticas cruciais para quem trabalha e/ou estuda na área da Animação Sociocultural e que por si só justificam a participação de tod@s nesta iniciativa.

Na mensagem de Carlos Costa, Presidente deste Congresso, pode ler-se : "Este ano completam-se 11 anos que foram aprovados em Assembleia Geral da Associação Nacional de Animadores Socioculturais (ANASC) e ratificados pelos/as participantes no V Congresso Internacional de Animação Sociocultural da ANASC, os Estatutos dos/as Animadores/as Socioculturais. Durante este período ocorreram transformações profundas ao nível da formação, mercado de trabalho, emprego e carreira dos/as animadores/as. Os cursos superiores em Animação Sociocultural (ou com outras nomenclaturas que se enquadram na Animação Sociocultural) dispararam, sendo já 18 as instituições do ensino superior – público universitário, publico politécnico e privado – que o ministram. Ao nível do ensino secundário e profissional (que dá equivalência ao 12.º ano), são mais de uma centena as instituições que ministram o curso. Todos os anos são projectados para o mercado de trabalho um número indeterminado e significativo de animadores/as socioculturais com diferentes níveis de formação e competência, absorvidos sobretudo por autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Misericórdias e Instituições de Ensino. Um mercado de trabalho pouco regulado que oferece emprego de uma forma ainda muito indefinida. É um facto que Portugal está na vanguarda mundial no que à formação de animadores socioculturais diz respeito. Nenhum outro país forma tantos animadores/as socioculturais."
É este o contexto de partida deste I Congresso Nacional de Animação Sociocultural que constituirá, por certo, um momento privilegiado para a reflexão, debate e discussão de "questões que realmente preocupam os profissionais desta área há muitos anos e que se quer ver resolvidas, ou pelo menos solucionadas em parte. "

Para informações complementares sobre este congresso podem consultar esta página.
(Também disponível no Blogue do Portal Anigrupos)