31 março 2011

Sobre o reconhecimento e valorização dos profissionais da Animação sociocultural

O artigo publicado no blogue "Animação Sociocultural e Insularidade" por Albino Viveiros(*)  com o título "Reconhecimento Profissional: Os nossos argumentos também são os argumentos dos outros" apresenta um conjunto de ideias que não posso deixar de subscrever e apoiar.

Escreve Albino Viveiros que "O reconhecimento profissional é uma problemática transversal a outros sectores profissionais. Os Animadores não estão sós na luta pela dignificação social da profissão." Esta falta de reconhecimento profissional não é exclusiva dos Animadores Socioculturais.

Esta situação é extensível a outros grupos profissionais que desenvolvem a sua acção nas áreas da intervenção social e cultural. É o caso, entre outros,  dos  técnicos de Serviço Social. A propósito disto, Albino Viveiros relata que uma das oradoras de uma conferência, realizada na Madeira, sobre Serviço Social  "recordou os principais pontos de descontentamento que curiosamente são semelhantes no contexto do exercício profissional dos Animadores. O exercício da prática de Serviço Social por outros profissionais sem formação adequada e remunerações que não estão equiparadas às habilitações académicas dos técnicos de Serviço Social, a proliferação desregulada de formações em Serviço Social, foi outra das preocupações manifestadas pela docente."

Há algum tempo que defendo que as questões do reconhecimento e valorização profissional dos profissionais da Animação Sociocultural poderão ser facilitadas pela convergência de esforços com outros grupos profissionais que actuam em áreas similares e que se confrontam com problemas semelhantes.
Outra das afirmações de Albino Viveiros, que igualmente subscrevo, prende-se com a necessidade de os Animadores Socioculturais interiorizarem "que o reconhecimento profissional também se conquista pelo bom exercício da prática da Animação Sociocultural, pelo empenho na dignificação individual e colectiva da profissão. Estas são premissas que cada um deverá cultivar no quadro da intervenção institucional e comunitária. A dignificação profissional também é uma conquista quotidiana e de profunda persistência no acreditar que é possível mudar. Esta crença não vigora por meio de um qualquer decreto legislativo, ela é um exercício pessoal e intransmissível."

Ainda que possa ser importante possuir Estatutos e Códigos Deontológicos que enquadrem a profissão de  Animador Sociocultural é no rigor técnico e na qualidade do nosso trabalho enquanto Animadores Socioculturais que reside a chave para superarmos os problemas que afectam a nossa actividade profissional.


* Albino Viveiros é licenciado em Animação Sociocultural e desenvolve a sua actividade profissional na Região Autónoma da Madeira onde, também tem vindo a desenvolver um importante trabalho na procura do reconhecimento e valorização da Animação Sociocultural. 


Este artigo foi publicado em simultâneo no blogue Anijovem e no blogue do Portal Anigrupos.

28 março 2011

Projecto Inclusão

O Projecto Inclusão é um projecto da Rede ex aequo – Associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros (LGBT) e simpatizantes, e financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) via Programa EEA Grants e pelo Instituto Português da Juventude.

Este projecto surgiu da preocupação face ao que tem sido indicado em estudos científicos e observado no nosso trabalho de terreno: dentro da população jovem, a juventude lésbica, gay, bissexual e transgénera tem taxas particularmente elevadas de risco de depressão, baixa auto-estima, abuso de substâncias, auto-mutilação, ideação e tentativa de suicídio, em grande medida devido à discriminação e ao preconceito com que é confrontada no quotidiano. Nomeadamente, nas nossas escolas.

Esta iniciativa pretende fazer frente à pouca informação e discriminação ainda vigentes no campo da Educação em Portugal em relação a estes temas, e que resultam na transmissão de informação incorrecta, preconceituosa e estereotipada, assim como num ambiente negativo para o dia-a-dia dos jovens LGBT.

Entre outras acções, o Projecto Inclusão prevê uma campanha de cartazes contra o bullying homofóbico a arrancar neste ano lectivo nas escolas do 3º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Universitário em Portugal. À semelhança da campanha de cartazes contra o bullying homofóbico, será também lançada uma campanha de sensibilização através da PostalFree, com 100 mil postais distribuídos pelos circuitos de ensino, cinema e lazer.

O Projecto Inclusão prevê ainda o planeamento e realização de formações para profissionais que trabalhem com jovens. As formações vão realizar-se em 6 distritos diferentes, pretendendo chegar-se a todo o território nacional. Em cada formação, será abordado o tema do Bullying Homofóbico na Escola, bem como a realidade da juventude LGBT. Estas formações pretendem aprofundar e desenvolver competências na temática LGBT. Todos os participantes, no fim de cada formação, devem procurar ser agentes de formação nos seus próprios locais de trabalho e junto dos seus pares. Mais, deverão possuir conhecimentos de como agir perante a especificidade da juventude LGBT e a discriminação de que são alvo diariamente. No fim de cada formação, todos os participantes receberão um certificado de participação. A inscrição e participação nas formações é gratuita (almoço por conta dos participantes).



Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.

24 março 2011

Acções para a Sustentabilidade Florestal

No âmbito de um protocolo de colaboração entre o Instituto Português da Juventude, I.P. (IPJ), a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP) estão abertas as candidaturas para apoios à realização de “Acções para a Sustentabilidade Florestal”. Estas acções compreendem actividades de informação, participação pública, sensibilização e educação ambiental (não formal) de intervenção comunitária, promovidos por entidades da sociedade civil sem fins lucrativos da área da juventude e do Ambiente.

As acções que podem ser apoiadas deverão ser realizadas entre 2 de Maio a 31 de Outubro de 2011 e contemplar duas vertentes: Uma vertente autónoma, desenvolvida autonomamente pela entidade promotora no quadro do presente regulamento. Os projectos a apresentar têm que englobar, necessariamente, acções de sensibilização aos jovens e ao público em geral, devendo ter um cariz inovador com inclusão de actividades diversificadas que podem ser estruturadas sob as mais diversas formas, como por exemplo: teatro, multimédia, animação de rua, dança, workshops, campanhas, publicações, palestras, exposições, entre outras. E uma vertente específica, todos os projectos têm, obrigatoriamente, de incluir uma acção de limpeza da floresta, em data a definir pelo IPJ e informada com antecedência de 15 dias úteis, onde serão envolvidos um mínimo de 80 e um máximo de 100 jovens.

Podem candidatar-se a apoios, entre 21 de Março e 1 de Abril, as Associações Juvenis Inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ), as Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) e Equiparadas e as Organizações de Produtores Florestais (OPF).
Os apoios a conceder, a um máximo de 80 projectos, contemplam o financiamento das acções da vertente específica (até 1.250€ para despesas de preparação e execução do projecto e até 1.250€ para pagamento de bolsas a jovens voluntários) e apoios na oferta de materiais para distribuição aos jovens que participarem nas acções da vertente específica.

Para mais informações devem as entidades contactar as Direcções Regionais do Instituto Português da Juventude.
Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.

Campos de Voluntariado Jovem


Foi recentemente lançado o novo programa "Campos de Voluntariado Jovem" que assenta numa parceria entre o Instituto Português da Juventude I.P. (IPJ), a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP). Os "Campos de Voluntariado Jovem" são experiências colectivas de voluntariado para jovens, nas florestas e comunidades locais, em projectos de 7 noites e 8 dias consecutivos. Assentam em actividades residenciais que deverão contemplar de forma equilibrada, um plano com as actividades de trabalho e actividades lúdicas/turísticas e culturais de conhecimento e interacção com o meio local.

Entre 21 de Março e 8 de Abril estão abertas as candidaturas para entidades promotoras de Campos de Voluntariado Jovem. Podem concorrer como entidades promotoras: Associações Juvenis inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ) e Entidades sem fins lucrativos ligadas ao ambiente.

São elegíveis as actividades ambientais que se inscrevam na área das florestas, com objectivos de defesa e preservação do património ambiental, cujas acções de carácter colectivo poderão ser a limpeza dos espaços florestais; recuperação de trilhos e caminhos; observação e vigilância de fauna e flora; acções de sensibilização das populações e jovens, e acções de prevenção para evitar a ocorrência de incêndios, entre outras.

As candidaturas deverão ser apresentadas e aprovadas para grupos, no mínimo de 10 e no máximo de 20 jovens, sendo o número de monitores de 2 para grupos até 12 jovens e de 3 para grupos de 13 a 20 jovens.

Para informações complementares sobre este programa consultar esta página.


Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.