28 outubro 2008

Apoios financeiros para o desenvolvimento de projectos na área da saúde

Encontra-se aberto, até ao dia 31 de Outubro de 2008, um concurso para a atribuição de apoios financeiros pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) a pessoas colectivas privadas sem fins lucrativos. O concurso visa a atribuição de apoios financeiros, por esta Direcção-Geral, a entidades privadas com fins de saúde (incluindo associações juvenis), a qual se destina, exclusivamente, à promoção e desenvolvimento de acções e projectos nos domínios da promoção da saúde, da prevenção e tratamento da doença, da reabilitação, da redução de danos e da reinserção.
Mais informações no Portal da Juventude e na página da Direcção Geral de Saúde.

21 outubro 2008

Animação Sociocultural com Públicos “Especiais” (3)

Há uns anos orientei uma acção de formação para animadores de tempos livres que exerciam a sua actividade numa instituição de solidariedade social de grandes dimensões. Entre os participantes, estava uma jovem animadora que exercia a sua função num berçário... Isto é, os seus utentes tinham idade compreendida entre os 3 e os 12 meses! Que pode fazer uma animador com estes públicos?

Uma das questões que me ocorre quando os animadores trabalham com públicos, que por uma ou outra razão, possuem limitações ao nível físico, psicológico ou emocional, sejam crianças de muito tenra idade, crianças ou jovens problemáticos, portadores de deficiências profundas ou idosos muito dependentes é que os animadores não podem, nem devem, substituir, ou tentar substituir técnicos especializados. Porque um animador não é um educador de infância, um psicólogo, nem tão pouco um terapeuta.

Este facto é tão importante para quem exerce o ofício de animador, como para quem contrata animadores. A relativa imprecisão, o carácter algo difuso, a polivalência sempre associadas ao ofício, às funções e às tarefas exercidas pelo animador podem, com relativa facilidade, levarem aqueles que exercem esta actividade e aqueles que os empregam a enveredar por caminhos que considero inadequados e, porque não dizê-lo, potencialmente perigosos. A afirmação dos animadores, no trabalho com estes públicos, não pode, nem deve ser conseguido pela realização de actividades que exigem conhecimentos especializados que o animador não possui, nem tem que possuir. A sua afirmação passa, como tentarei explicar no derradeiro artigo desta série por exercer, com tais públicos, as funções para as quais está, ou deve estar, habilitado para desempenhar.

17 outubro 2008

CONSULTA PÚBLICA EUROPEIA SOBRE O FUTURO DA POLÍTICA DA JUVENTUDE

A Comissão Europeia está a promover uma consulta pública com o obejectivo de avaliar os resultados da cooperação europeia no domínio da política da juventude, desde 2000, e propor novos objectivos para a próxima década.

Com esta consulta, a Comissão Europeia pretende "descobrir de que forma se deve desenvolver a política da juventude da UE nos próximos anos e que propostas devem ser apresentadas aos países da União Europeia. Se o futuro dos jovens na Europa é um assunto que te interessa e vives num país da UE, na Noruega, na Islândia, no Liechtenstein, na Turquia, na Croácia ou na Antiga República Jugoslava da Macedónia, gostaríamos de conhecer as tuas opiniões, quer a título individual, quer em representação de uma organização a que pertenças".

O inquérito on-line está disponível neste endereço.

15 outubro 2008

ANIMADOR SOCIOCULTURAL | REVISTA IBEROAMERICANA

Está disponível a edição n.º 1 do 3 º. ano da revista oficial da RIA - Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural que pode ser consultada neste endereço.



Nesta edição, que corresponde ao período compreendido entre Outubro de 2008 e Abril de 2009 podem ler-se um conjunto de artigos com significativo interesse para quem trabalha, pretende trabalhar ou se intessa pela Animação Sociocultural.

Pelas afinidades com a temática base deste blogue destacamos o artigo denominado "Realidades e alternativas do tempo livre na adolescência: um estudo sobre a população escolarizada no concelho de esposende na perspectiva da animação sociocultural " da autoria de Sara Margarida de Matos e Cepa. Neste artigo a autora apresenta alguns resultados sobre as realidades e alternativas do tempo livre na adolescência no concelho de Esposende. Subscrevo integralmente a autora quando, no resumo do artigo, firma a convição "de que a Animação Sociocultural apresenta a solução para uma boa política de ocupação dos tempos livres".

14 outubro 2008

Animação Sociocultural com Públicos “Especiais” (2)

Que posso fazer, enquanto animador sociocultural, com as minhas crianças indisciplinadas, os meus idosos apáticos e dependentes?... E com portadores de deficiência com quem vou trabalhar?...

Estas questões surgem frequentemente em fóruns e, também, já me têm sido directamente colocadas por participantes em acções de formação para animadores que tenho vindo a orientar nos últimos anos.

Quase inevitavelmente a primeira resposta que me ocorre é que não sei! Acrescento, de seguida, que não há receitas, fórmulas mágicas, nem tão pouco actividades que possa sugerir com garantias de “sucesso”, de “eficácia”. Com efeito, os públicos são imensamente diversificados e os contextos concretos onde se desenvolvem as acções são, também, muito diferentes uns dos outros para que possamos garantir que uma qualquer fórmula, ainda que tenha resultado numa outra ocasião, é adequada para um situação determinada.

Por trás destas questões esconde-se, também e em minha opinião, uma outra ideia: de que a função, o papel do animador sociocultural é desenvolver actividades com aqueles com quem trabalha. Trata-se de uma forma incorrecta, ou pelo menos muito incompleta e limitante, de encarar o papel e as funções do animador sociocultural. Definitivamente não me revejo, enquanto animador sociocultural, na figura do “entertainer”, de alguém que dinamiza actividades de um modo avulso para “ocupar”, “entreter” os seus públicos.

Citando de cor, creio que Ander-Egg, escreveu que as actividades são, para o Animador Sociocultural, os degraus de uma escada que nos permitem subir até alcançar os nossos objectivos, os nossos propósitos de acção. Naturalmente, esta visão implica que a actuação do Animador Sociocultural ocorre no âmbito de um projecto de intervenção devidamente estruturado. E a metodologia do projecto pressupõe que se comece, não por definir as actividades a realizar, mas por conhecer e analisar a realidade em que se vai intervir de modo a detectar necessidades de intervenção traduzíveis em objectivos a atingir com a nossa actuação. Só depois disso estaremos, eventualmente, em condições de escolher as actividades susceptíveis de nos permitirem alcançar os resultados que prosseguimos.

Ou seja, e em conclusão, começaria por responder às questões colocadas no início deste artigo da seguinte forma: primeiro, antes de actividades, o que é realmente necessário é procurar identificar e definir os objectivos que se pretendem atingir, face à realidade concreta em que se vai actuar e ao publico que se pretende envolver.


(continua, dentro de dias!...)

13 outubro 2008

TakingITGlobal

A TakingITGlobal (TIG), é uma organização internacional - coordenada por jovens e possibilitada pelas modernas tecnologias de informação. A TIG permite a interacção entre jovens para encontrar inspiração e informação, e para envolverem-se e agir para melhorar suas comunidades, seja ao nível local ou global.

Com sede em Toronto, Canadá, com uma presença mundial crescente, o sítio na Internet TakingITGlobal.org, constitui-se como uma das comunidades virtuais mais populares entre os jovens interessados em conhecer outras culturas e fazer a diferença, com centenas de milhares de visitantes todos os meses. Este sítio na Internet contêm ampla informação sobre temáticas com interesse para os jovens e, principalmente, recursos variados que podem facilitar o envolvimento dos jovens em projectos de mudança social a nível local e global.

A TIG, com parcerias com agências das Nações Unidas e organizações juvenis internacionais é um exemplo impar de como as tecnologias de informação e comunicação se podem constituir como um instrumento capaz de facilitar a participação social entre os jovens. Porque a Internet é muito mais do que Hi5 e Messenger!

10 outubro 2008

A formação de Animadores Socioculturais em Portugal

No essencial, subscrevo a reflexão do Professor Avelino Bento no artigo "Que relação existe entre a formação superior de animadores sócio-culturais e as suas saídas profissionais?" publicado no blogue Ex-Dra Animação, cuja leitura atenta não posso deixar de recomendar.

Partilho da opinião, por mim já expressa noutros artigos e locais, de que não é razoável coexistirem denominações idênticas (Animadores sócio-culturais) para diferentes níveis de formação: técnicos profissionais e técnicos superiores.

Mas mais do que uma questão de nomenclaturas, importa, também, referir que considero o perfil profissional definido para os alunos que concluem os cursos técnico-profissionais de animação sócio-cultural demasiado abrangente, complexo e teórico, remetendo para competências que, em rigor, dificilmente poderão ser atingidas ao longo dos percursos formativos definidos. Arrisco, mesmo, afirmar que se tais competências fossem efectivamente atingidas talvez tivéssemos de equacionar a manutenção da formação, a nível superior, de animadores sócio-culturais, na medida em que poucas competências adicionais poderiam ser adquiridas em tais cursos. Para aqueles que se interessam por estas temáticas vale mesmo a pena uma leitura atenta do documentos que pode ser descarregado neste endereço, e da qual extraí o que se reproduz, a seguir:

Descrição Geral
O/A Animador/a Sociocultural é o/a profissional qualificado/a apto/a a promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando e/ou desenvolvendo actividades de animação de carácter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo.

Actividades Principais

  • Diagnosticar e analisar, em equipas técnicas multidisciplinares, situações de risco e áreas de intervenção sob as quais actuar, relativas ao grupo alvo e ao seu meio envolvente.
  • Planear e implementar, em conjunto com a equipa técnica multidisciplinar, projectos de intervenção sócio-comunitária.
  • Planear, organizar e avaliar actividades de carácter educativo, cultural, desportivo, social, lúdico, turístico e recreativo, em contexto institucional, na comunidade ou ao domicílio, tendo em conta o serviço em que está integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida e a qualidade da sua inserção e interacção social.
  • Desenvolver actividades diversas, nomeadamente ateliers, visitas a museus e exposições, encontros desportivos, culturais e recreativos, encontros intergeracionais, actividades de
    expressão corporal, leitura de contos e poemas, trabalhos manuais, com posterior exposição dos trabalhos realizados, culinária, passeios ao ar livre.
  • Promover a integração grupal e social e envolver as famílias nas actividades desenvolvidas, fomentando a sua participação.
  • Fomentar a interacção entre os vários actores sociais da comunidade articulando a sua intervenção com os actores institucionais nos quais o grupo alvo/indivíduo se insere.
  • Acompanhar as alterações que se verifiquem na situação dos clientes/utilizadores e que afectem o seu bem-estar.
  • Elaborar relatórios de actividades.
Poderá uma formação ao nível do ensino secundário preparar devidamente para o exercício das funções e actividades defenidas neste perfil de saída? E se tal for possível que outras funções e actividades poderão ser desempenhadas por animadores socioculturais com formação ao nível do ensino superior? Tenha-se presente que os autores deste perfil não se coibiram de utilizar os verbos "diagnosticar", "analisar", "planear" e otros que remetem para funções que, inevitavelmente, exigem uma formação teórica sólida.
Não tenho, porém, a mesma impressão do professor Avelino Bento em relação à empregabilidade dos licenciados em Animação Sócio-cultural. Julgo que a mesma tem sido amplamente "disfarçada" com os estágios profissionais, após os quais os recém-licenciados enfrentam sérias dificuldades na obtenção de um emprego devidamente qualificado e remunerado, e não-precário, face às suas habilitações académicas e profissionais. Esta situação poderá, mesmo, agravar-se num futuro próximo pelo efeito conjugado de uma crise cada vez mais presente com o aparecimento de uma tendência crescente de preferência de técnicos polivalentes, naturalmente menos especializados, que possam assegurar o desempenho de múltiplas tarefas e funções. Recordo, como já várias vezes afirmei, que é esta a fundamentação teórica da reestruturação das carreiras da função pública que estará consumada no início do próximo ano.

Ainda que, e não posso deixar de o referir, e desse modo, subscrever também as afirmações que o Professor Avelino Bento faz, no final do artigo citado, de que a formação e a prática dos Animadores Sócio-culturais sempre se caracterizou pela polivalência, facto que poderá ser, deste modo, um trunfo nos tempos que se aproximam.
PS: Não sei o que dizer de não vislumbrar nos recursos pedagógicos sugeridos nos referidos referenciais de formação, nenhuma das poucas obras sobre Animação Sociocultural de autores portugueses disponíveis no nosso mercado (Marcelino Lopes ou luis Jacob, por exemplo).

09 outubro 2008

Animação Sociocultural com Públicos “Especiais” (1)

Olá, eu sou a Rita. Sou estudante em Coimbra e estou a tirar um curso tecnológico de acção social e estou a especializar me em animação sociocultural. Eu vou fazer estagio com crianças deficientes, e não tenho nenhuma ideia para a minha prova de aptidão tecnológica. Será que me podiam ajudar?

Boas, sou animador a 5 anos mas este ano comecei a trabalhar numa escola de ensino especial, onde a minha maior dificuldade tem sido arranjar uma série de actividades e jogos ( fazer o planeamento de actividades para todo o ano) para crianças com estas dificuldades ( T21,elipesia,dislexia,etc..)
Será que alguém em pode ajudar.. ;)

Bom dia a todos os colegas!
Sou a Ilda, sou animadora social e trabalho com um grupo de idosos na grande maioria dependentes. gostaria se possível e se tiverem conhecimento que me enviassem algumas actividades para este publico alvo, dado que com o tempo começo a não saber o que fazer. agradeço tudo o que me poderem disponibilizar.

Estes três pedidos foram colocados, recentemente, no fórum do Portal Anigrupos por três , suponho que jovens, animadores. Pedidos de ajuda, ainda não satisfeitos! Pedidos que me parecem constituir um estímulo para reflectirmos sobre uma questão essencial na actividade quotidiana de muitos animadores socioculturais: que objectivos e prática podemos, ou devemos, prosseguir quando trabalhamos com públicos “especiais”?

Pela parte que me toca vou meditar no assunto e, nos próximos dias, dar-vos-ei conta de algumas das minhas ideias sobre este tópico aqui neste espaço.

03 outubro 2008

II Encontro Regional de Animação Sociocultural - Madeira

O II Encontro Regional de Animação Sociocultural (ERASC) organizado pela Delegação Regional da Madeira da APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural, terá lugar no dia 7 de Novembro de 2008, no Museu de Electricidade - Casa da Luz, no Funchal.

Para consulta do programa actualizado, inscrições e outras informações, aceda em http://erascmadeira.googlepages.com/

01 outubro 2008

Nova versão do Portal Anigrupos colocada online

Acabámos de colocar on-line uma nova versão do Portal Anigrupos.
Esta nova versão mantêm, no essencial os conteúdos das anteriores versões. Utiliza, contudo, uma nova plataforma de gestão de conteúdos que esperamos vir a revelar-se mais fácil e rápida de de utilizar e que tencionamos aperfeiçoar nos próximos meses.
O nosso objectivo mantêm-se inalterado desde que em Junho de 2007 colocámos na rede a primeira versão do Portal: partilhar recursos que se possam revelar úteis para quem desenvolve, ou pretende desenvolver, actuações com grupos nos mais variados contextos.
O endereço, que se mantêm, é www.anigrupos.org.