De um modo geral sempre defendi a importância da cooperação inter-associativa. Esta necessidade é ainda mais forte no seio do movimento associativo juvenil e, em especial, entre as associações de jovens do Alentejo.
As associações juvenis geralmente são de pequena dimensão e possuem recursos muito limitados. Os problemas de desenvolvimento e de sustentabilidade que daqui decorrem só podem ser ultrapassados se as associações juntarem esforços, partilharem recursos e desenvolverem projectos em parceria. Domínios como as infra-estruturas, os equipamentos, a formação e a elaboração de projectos susceptíveis de candidaturas a programas de financiamento de âmbito nacional e comunitário dificilmente estão ao alcance da esmagadora maioria das associações juvenis do Alentejo. E há, também, o poder acrescido de negociação e de reinvindicação junto das instituições que podem decorrer da concertação de esforços e vontades de associações unidas. Razões mais do que suficientes para que desde os anos 80 ter defendido em conversas com inúmeros dirigentes associativos da região a necessidade de constituição de uma Federação de Associações Juvenis do Alentejo.
Por tudo isto acalentei grandes expectativas quando tomei conhecimento da formação da FAJA - Federação das Associações Juvenis do Alentejo na década de 90. Infelizmente a acção da FAJA desde a sua criação tem passado quase completamente despercebida (pode ser falta de atenção da minha parte!).
Assim, e talvez porque um animador sociocultural tem de ter o seu quê de provocador, apetece-me colocar algumas questões sobre a FAJA:
- Quantas das 84 associações da Região Alentejo inscritas em 2005 no RNAJ estão inscritas na FAJA? E destas, quantas participam activamente na vida da Federação? E quantas beneficiaram directa ou indirectamente da sua acção?
- Quem são os actuais dirigentes da Federação?
- Que actividades desenvolveu nos últimos anos e que iniciativas tenciona prosseguir no futuro próximo?
- Que utilização tem sido dada aos, ainda que provavelmente escassos, recursos disponibilizados pelo Estado? Aos apoios financeiros concedidos pelo IPJ (Cerca de 11.000€ em 2005)? E que uso está a ser dado às instalações e aos equipamentos cedidos gratuitamente pelo mesmo organismo?
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