22 junho 2011

Ludicidade – projecto de animação cultural

O CCC – Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, a ANAE – Associação Nacional de Animação e Educação e a ESECS – Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, celebraram recentemente uma parceria, que deu origem ao projecto de animação cultural Ludicidade.


A Ludicidade é um programa de animação e ocupação de tempos livres, destinado a todas as crianças da comunidade caldense. 
Será uma ludoteca de Verão, ou seja, um espaço de diversão, aprendizagem e ocupação de tempos livres, para proporcionar experiências educativas a crianças com idades compreendidas entre os quatro e catorze anos, a decorrer maioritariamente nas instalações do CCC – Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.
O projecto é organizado por dias temáticos de modo a possibilitar um trabalho global que contribua para o desenvolvimento afectivo, social e cultural da criança. O funcionamento da ludoteca assenta assim na dinamização de quatro tipos de oficinas, nomeadamente Oficina das Ideias, Oficina das Emoções, Oficina dos Pequenos Pintores e Oficina dos Pequenos Cientistas que desenvolverão diversas actividades como pintura, teatro de sombras e marionetas, jogos de som e imagem, danças, construção de cenários, jogos científicos, entre muitas outras.
O grande objectivo deste projecto será o de que as crianças desfrutem de momentos únicos e intensos num clima de respeito, liberdade e segurança, e vêm responder à necessidade de ocupação dos tempos livres das crianças da comunidade em geral, durante as férias de Verão, bem como, criar um espaço lúdico onde as crianças tenham a oportunidade de brincar, de se divertir e ao mesmo tempo construir novas aprendizagens, num ambiente diferenciado.
Este programa potencializará uma aprendizagem que parte das vivências e motivações das crianças, utilizando métodos e técnicas adequadas ao seu nível sócio-cultural de desenvolvimento e às suas necessidades específicas, tornando assim essas aprendizagens tão naturais quanto possível.
A Ludicidade decorrerá durante os meses de Julho e Agosto, entre as 9h e as 18h, de segunda a sexta-feira, exceptuando os feriados e fins-de-semana. As inscrições estarão abertas até ao dia 30 de Junho e estarão divididas em passes diários, semanais, quinzenais ou mensais.
Os interessados poderão contactar o telemóvel 918434406.

In Jornal das Caldas - Online

16 maio 2011

“Caminhos da Animação” - Vªs JORNADAS DE ANIMAÇÃO


Vai decorrer na cidade de Beja, nos próximos dias 17 e 18 de Maio, o VIII Colóquio de Animação Sóciocultural do Instituto Politécnico de Beja
Este colóquio é organizado pela Comissão Técnico-científica e Pedagógica do Curso de Animação Sociocultural e alunos de 3º ano do Curso e pretende constituir-se como um espaço de reflexão e de intercâmbio de experiências sobre diferentes âmbitos de intervenção da Animação Sóciocultural. Esta actividade será, também e naturalmente, um meio de divulgar a Animação enquanto instrumento de intervenção, junto de instituições que a ela podem recorrer para prosseguir actuações nos domínios da educação, da cultura, do território, do turismo e do lazer, da gestão e programação cultural e da intervenção comunitária.
O programa do VIII Colóquio de Animação Sóciocultural, conta com três painéis subordinados aos seguintes temas: Inovação e Empreendedorismo Social;Animação, Cultura, Inovação e Desenvolvimento Local; Indústrias Criativas e Culturais. Em cada um destes painéis haverá intervenções de instituições e de individualidades que desenvolvem actuações nesses diferentes domínios da Animação. O Colóquio incluirá, ainda, uma mesa redonda subordinada ao tema "Animação Sociocultural em Portugal e no Mundo – que caminhos?" e, ainda, um conjunto diversificado de actividades de animação relacionadas com as temáticas em análise, bem como um conjunto diversificado de workshops bem como actividades paralelas.
Workshops: Jogos Tradicionais; Teatro; Dinâmicas de Grupo; Como Conto um Conto; Ritmos Animados; Yoga do Riso; Primeiros Socorros – Suporte Básico de Vida; Musicoterapia, ...
Actividades Paralelas: Feira do Livro, Arcas dos Contos, Exposição de Artesanato, ...
A entrada no Colóquio é gratuita para estudantes de qualquer grau de ensino e docentes acompanhantes. Para  profissionais e Instituições o custo da inscrição é de 15,00€.
Os interessados em participar nesta iniciativa podem efectuar a sua inscrição pessoalmente, ou através de correio electrónico, para alavado@ipbeja.pt; oucoloquiosascipbeja@hotmail.com

31 março 2011

Sobre o reconhecimento e valorização dos profissionais da Animação sociocultural

O artigo publicado no blogue "Animação Sociocultural e Insularidade" por Albino Viveiros(*)  com o título "Reconhecimento Profissional: Os nossos argumentos também são os argumentos dos outros" apresenta um conjunto de ideias que não posso deixar de subscrever e apoiar.

Escreve Albino Viveiros que "O reconhecimento profissional é uma problemática transversal a outros sectores profissionais. Os Animadores não estão sós na luta pela dignificação social da profissão." Esta falta de reconhecimento profissional não é exclusiva dos Animadores Socioculturais.

Esta situação é extensível a outros grupos profissionais que desenvolvem a sua acção nas áreas da intervenção social e cultural. É o caso, entre outros,  dos  técnicos de Serviço Social. A propósito disto, Albino Viveiros relata que uma das oradoras de uma conferência, realizada na Madeira, sobre Serviço Social  "recordou os principais pontos de descontentamento que curiosamente são semelhantes no contexto do exercício profissional dos Animadores. O exercício da prática de Serviço Social por outros profissionais sem formação adequada e remunerações que não estão equiparadas às habilitações académicas dos técnicos de Serviço Social, a proliferação desregulada de formações em Serviço Social, foi outra das preocupações manifestadas pela docente."

Há algum tempo que defendo que as questões do reconhecimento e valorização profissional dos profissionais da Animação Sociocultural poderão ser facilitadas pela convergência de esforços com outros grupos profissionais que actuam em áreas similares e que se confrontam com problemas semelhantes.
Outra das afirmações de Albino Viveiros, que igualmente subscrevo, prende-se com a necessidade de os Animadores Socioculturais interiorizarem "que o reconhecimento profissional também se conquista pelo bom exercício da prática da Animação Sociocultural, pelo empenho na dignificação individual e colectiva da profissão. Estas são premissas que cada um deverá cultivar no quadro da intervenção institucional e comunitária. A dignificação profissional também é uma conquista quotidiana e de profunda persistência no acreditar que é possível mudar. Esta crença não vigora por meio de um qualquer decreto legislativo, ela é um exercício pessoal e intransmissível."

Ainda que possa ser importante possuir Estatutos e Códigos Deontológicos que enquadrem a profissão de  Animador Sociocultural é no rigor técnico e na qualidade do nosso trabalho enquanto Animadores Socioculturais que reside a chave para superarmos os problemas que afectam a nossa actividade profissional.


* Albino Viveiros é licenciado em Animação Sociocultural e desenvolve a sua actividade profissional na Região Autónoma da Madeira onde, também tem vindo a desenvolver um importante trabalho na procura do reconhecimento e valorização da Animação Sociocultural. 


Este artigo foi publicado em simultâneo no blogue Anijovem e no blogue do Portal Anigrupos.

28 março 2011

Projecto Inclusão

O Projecto Inclusão é um projecto da Rede ex aequo – Associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros (LGBT) e simpatizantes, e financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) via Programa EEA Grants e pelo Instituto Português da Juventude.

Este projecto surgiu da preocupação face ao que tem sido indicado em estudos científicos e observado no nosso trabalho de terreno: dentro da população jovem, a juventude lésbica, gay, bissexual e transgénera tem taxas particularmente elevadas de risco de depressão, baixa auto-estima, abuso de substâncias, auto-mutilação, ideação e tentativa de suicídio, em grande medida devido à discriminação e ao preconceito com que é confrontada no quotidiano. Nomeadamente, nas nossas escolas.

Esta iniciativa pretende fazer frente à pouca informação e discriminação ainda vigentes no campo da Educação em Portugal em relação a estes temas, e que resultam na transmissão de informação incorrecta, preconceituosa e estereotipada, assim como num ambiente negativo para o dia-a-dia dos jovens LGBT.

Entre outras acções, o Projecto Inclusão prevê uma campanha de cartazes contra o bullying homofóbico a arrancar neste ano lectivo nas escolas do 3º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Universitário em Portugal. À semelhança da campanha de cartazes contra o bullying homofóbico, será também lançada uma campanha de sensibilização através da PostalFree, com 100 mil postais distribuídos pelos circuitos de ensino, cinema e lazer.

O Projecto Inclusão prevê ainda o planeamento e realização de formações para profissionais que trabalhem com jovens. As formações vão realizar-se em 6 distritos diferentes, pretendendo chegar-se a todo o território nacional. Em cada formação, será abordado o tema do Bullying Homofóbico na Escola, bem como a realidade da juventude LGBT. Estas formações pretendem aprofundar e desenvolver competências na temática LGBT. Todos os participantes, no fim de cada formação, devem procurar ser agentes de formação nos seus próprios locais de trabalho e junto dos seus pares. Mais, deverão possuir conhecimentos de como agir perante a especificidade da juventude LGBT e a discriminação de que são alvo diariamente. No fim de cada formação, todos os participantes receberão um certificado de participação. A inscrição e participação nas formações é gratuita (almoço por conta dos participantes).



Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.

24 março 2011

Acções para a Sustentabilidade Florestal

No âmbito de um protocolo de colaboração entre o Instituto Português da Juventude, I.P. (IPJ), a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP) estão abertas as candidaturas para apoios à realização de “Acções para a Sustentabilidade Florestal”. Estas acções compreendem actividades de informação, participação pública, sensibilização e educação ambiental (não formal) de intervenção comunitária, promovidos por entidades da sociedade civil sem fins lucrativos da área da juventude e do Ambiente.

As acções que podem ser apoiadas deverão ser realizadas entre 2 de Maio a 31 de Outubro de 2011 e contemplar duas vertentes: Uma vertente autónoma, desenvolvida autonomamente pela entidade promotora no quadro do presente regulamento. Os projectos a apresentar têm que englobar, necessariamente, acções de sensibilização aos jovens e ao público em geral, devendo ter um cariz inovador com inclusão de actividades diversificadas que podem ser estruturadas sob as mais diversas formas, como por exemplo: teatro, multimédia, animação de rua, dança, workshops, campanhas, publicações, palestras, exposições, entre outras. E uma vertente específica, todos os projectos têm, obrigatoriamente, de incluir uma acção de limpeza da floresta, em data a definir pelo IPJ e informada com antecedência de 15 dias úteis, onde serão envolvidos um mínimo de 80 e um máximo de 100 jovens.

Podem candidatar-se a apoios, entre 21 de Março e 1 de Abril, as Associações Juvenis Inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ), as Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) e Equiparadas e as Organizações de Produtores Florestais (OPF).
Os apoios a conceder, a um máximo de 80 projectos, contemplam o financiamento das acções da vertente específica (até 1.250€ para despesas de preparação e execução do projecto e até 1.250€ para pagamento de bolsas a jovens voluntários) e apoios na oferta de materiais para distribuição aos jovens que participarem nas acções da vertente específica.

Para mais informações devem as entidades contactar as Direcções Regionais do Instituto Português da Juventude.
Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.

Campos de Voluntariado Jovem


Foi recentemente lançado o novo programa "Campos de Voluntariado Jovem" que assenta numa parceria entre o Instituto Português da Juventude I.P. (IPJ), a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP). Os "Campos de Voluntariado Jovem" são experiências colectivas de voluntariado para jovens, nas florestas e comunidades locais, em projectos de 7 noites e 8 dias consecutivos. Assentam em actividades residenciais que deverão contemplar de forma equilibrada, um plano com as actividades de trabalho e actividades lúdicas/turísticas e culturais de conhecimento e interacção com o meio local.

Entre 21 de Março e 8 de Abril estão abertas as candidaturas para entidades promotoras de Campos de Voluntariado Jovem. Podem concorrer como entidades promotoras: Associações Juvenis inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ) e Entidades sem fins lucrativos ligadas ao ambiente.

São elegíveis as actividades ambientais que se inscrevam na área das florestas, com objectivos de defesa e preservação do património ambiental, cujas acções de carácter colectivo poderão ser a limpeza dos espaços florestais; recuperação de trilhos e caminhos; observação e vigilância de fauna e flora; acções de sensibilização das populações e jovens, e acções de prevenção para evitar a ocorrência de incêndios, entre outras.

As candidaturas deverão ser apresentadas e aprovadas para grupos, no mínimo de 10 e no máximo de 20 jovens, sendo o número de monitores de 2 para grupos até 12 jovens e de 3 para grupos de 13 a 20 jovens.

Para informações complementares sobre este programa consultar esta página.


Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue do Portal Anigrupos.

19 janeiro 2011

Estatuto e código deontológico do Animador Sociocultural

Após ratificação por aclamação no I Congresso Nacional de Animação Sociocultural "Profissão e Profissionalização dos/as Animadores/as" , que decorreu em Aveiro no passado mês de Novembro,  resultado da aprovação por unanimidade em Assembleia-geral da APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural, estão disponíveis para o público o Estatuto do/a Animador/a Sociocultural e o  Código Deontológico do/a Animador/a Sociocultural.

A aprovação destes documentos pode vir a revelar-se importante no processo de afirmação da Animação Sociocultural. Mas para tal processo considero indispensável que aqueles que exercem funções na área da Animação Sociocultural prossigam colectivamente esforços concertados no sentido de contribuírem para um reconhecimento social do valor da animação enquanto metodologia de intervenção nos âmbitos e nos contextos em que estes profissionais desempenham as suas funções.

Há muito que entendo que se a Animação Sociocultural não for devidamente valorizada pela sociedade dificilmente obteremos o reconhecimento institucional, profissional e político da nossa actividade. É certo que muito mudou nas últimas três décadas no nosso país no que à Animação Sociocultural respeita. Registaram-se avanços muito significativos ao nível da formação com a certificação ao nível do ensino secundário e superior para o exercício da função. Mas entendo que continua a verificar-se uma subvalorização da nossa profissão face a outras com que nos cruzamos no nosso trabalho em contextos sociais, culturais e/ou educativos.
E convém não alimentar demasiadas ilusões porque não acredito que se possa decretar o valor de uma actividade profissional.
Publicado em simultâneo no Blogue do Portal Anigrupos e no Blogue Anijovem

16 janeiro 2011

Quaderns d'Animació i Educació Social


Está disponível um novo número da revista electrónica "Quaderns d'Animació i Educació Social".
Esta revista que já vai no nº 13 constitui uma das mais interessantes publicações periódicas, disponíveis na Internet, sobre Animação e Educação Social.

 O número de Janeiro da revista "Quaderns d'Animació i Educació Social" inclui um importante conjunto de artigos, de entre os quis destacamos:
  • LA MEDIACIÓN Y LA DIALOGICIDAD HERRAMIENTAS BÁSICAS DE LA ANIMACIÓN SOCIOCULTURAL por Mario Viché González;
  • MENINAS DE RUA NA CIDADE DE MAPUTO: UMA QUESTÃO NEGLIGENCIADA por  Miguel Marrengula;
  • ANIMACIÓN SOCIOCULTURAL, UN ENFOQUE ABSOLUTAMENTE NECESARIO EN LA INTERVENCIÓN CULTURAL por Carles Monclús i Garriga;
  • ASSOCIAÇÃO INSULAR DE ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL. UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE O PRESENTE E O FUTURO por Albino Luís Nunes Viveiros;
Estes e outros artigos, assim como, informação bibliográfica com interesse para animadores socioculturais e educadores sociais podem ser consultados neste endereço.

(Publicado em simultâneo no Blogue Anijovem e no Blogue Anigrupos)