12 dezembro 2008

We-think: O Poder da Criatividade de Massas

Na sequência de um vídeo que aqui divulguei na semana passada sobre a novas conceptualizações do conceito de cultura deixo-vos hoje um outro denominado "We Think". Ele sintetiza as ideias de um livro com o mesmo nome da autoria um especialista inglês, Charles Leadbeater, que em síntese e de acordo com o autor pretende contribuir para "podermos tirar o máximo de proveito do potencial da Internet para espalhar democracia, promover liberdade, amenizar desigualdades e nos permitir de sermos criativos, em massa".

A tradução livre do vídeo é apresentada mais abaixo.



O público está a tomar conta do palco.
Graças à Internet milhões de pessoas podem ter uma palavra a dizer.
A informação está em toda parte: blogues, vídeos, websites, wikis.
E isto é bastante confuso.
Todo o mundo está a falar ao mesmo tempo.
As ideias ganham vida quando são partilhadas.
A Internet torna-se realmente interessante quando as pessoas disponibilizam as suas ideias. É então as pessoas se tornam realmente criativas.
Porque novas ideias surgem geralmente através da conversação, do diálogo. E a Internet é um diálogo de massas. E isto está a criar uma inovação de massas.
O século XX caracterizou-se pela produção em massa para consumo de massas: fábricas, carros, televisores e frigoríficos.
O século XXI caracteriza-se pela inovação em massa: mais ideias estão a ser partilhadas por mais pessoas do que nunca.
Os primeiros sinais de que isto é possível fazer são a Wikipedia e o Linux, o Slashdot e o “Oh my News”, o “Second Life” e o “World of Warcraft”.
Milhões de pessoas estão a criar jogos, mundos, conhecimento, informação, software...
As corporações tradicionais, organizadas na forma de pirâmides, denotam grande dificuldade em lidar com estas transformações.
A inovação de massas surge de comunidades. Estas erguem-se como um ninho de pássaro onde cada um deixa a sua peça.
E porque são as pessoas atraídas para essas comunidades? Não para ficarem ricas.
Mas antes para conviver e o obter o reconhecimento pelo trabalho que fazem.
O lema da geração que cresceu com a Internet é: Pensamos e, por isso, existimos.
E isto é bom. Para a Democracia, porque mais pessoas podem expressar as suas ideias; a para a Igualdade porque o conhecimento é disponibilizado para todos e, especialmente, para aqueles que não podem pagar para o obterem; para a Liberdade porque mais pessoas podem expressar livremente a sua criatividade.
Isto soa como uma utopia e há, ainda, muito trabalho pela frente.
Como iremos proteger o que é privado? Estamos sempre seguros quando partilhamos? E se a wikipedia não passar de lixo? Como podemos saber se todas as pessoas estão a partilhar livremente as suas ideias?
No passado, as pessoas eram aquilo que possuíam. Hoje são aquilo que partilham.
O que acha de tudo isto? Deixe um comentário abaixo ...

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