30 outubro 2009

20 Propostas Jovens para Portugal


O CNJ - Conselho Nacional de Juventude lanço a poucos dias das eleições legislativas de 27 deSetembro um documento designado "20 Propostas Jovens para Portugal" que resultou de da recolha efectuada em todo o país por esta organização de juventude propostas e opiniões de jovens de diferentes tendências políticas e diversos gostos.

Este documento lançado em plena campanha eleitoral começa por se evidenciar por apresentar algumas propostas concretas para a definição de políticas de juventude em constaste com a quase total ausência de referências sobre estas patente nos programas eleitorais de todos os partidos políticos que concorreram àquele acto eleitoral.

Entre as propostas apresentadas neste documento destacamos a que defende a aposta na valorização e profissionalização do trabalho efectuado por animadores com jovens e com organizações juvenis, no âmbito da denominada Educação Não-Formal. Em concreto, o CNJ defende a criação de um programa de estágios remunerados e de emprego - o "INOVYOUTHWORK" - para inclusão em organizações juvenis de jovens. A defesa desta proposta assenta, de acordo com o CNJ, em orientações recentes da Comissão Europeia, nomeadamente na aposta no "Youth Work" entendido como o trabalho efectuado com jovens (ou animação socioeducativa) no âmbito da Educação Não-Formal, "forma de educação realizada fora da escola por profissionais ou voluntários no contexto de organizações de juventude, entidades autárquicas, centros de juventude e paróquias, que contribui para o desenvolvimento dos jovens. Juntamente com as famílias e outros profissionais, o trabalho de animação socioeducativa pode ajudar a lidar com o desemprego, o insucesso escolar e a exclusão social (...). Além disso, também é um modo de angariar compet~encias e ajudar a transição para a vida adulta. (...) Este trabalho deve ser mais profissionalizado." De acordo com o CNJ o programa "INOVYOUTHWORK" poderia ser "não só uma política activa de emprego", mas também, "um importante mecanismo de criação de capital social, traduzido no fortalecimento das organizações de juventude e da consolidação de um tecido associativo juvenil qualificado e capaz de cumprir a sua missão de educação popular, de coesão social, de lazer e de tempos livres".

A aposta na Educação Não-Formal através da valorização e profissionalização do trabalho desenvolvido neste âmbito por animadores socioeducativos parece-me uma estratégia de acção acertada para o desenvolvimento de políticas, programas e projectos direccionados à capacitação de valorização de todos os jovens e em particular dos jovens com menos oportunidades. Concordo com o CNJ quando, no documento que estamos a citar, afirma que estes trabalhadores "têm desenvolvido um trabalho com muitas potencialidades, alicerçados em projectos em que os jovens são os actores, onde são usados métodos e técnicas de Educação Não-Formal e em que a arte, a cultura e as novas tecnologias de informação são instrumentos centrais".

Esperamos que esta mensagem, e outras similares, cheguem aos decisores políticos na definição de políticas de juventude que sejam eficazes e adequadas  às problemáticas dos jovens.

O documento do CNJ pode ser consultado neste endereço.

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