04 junho 2006

APCC promove formação sobre Educação para os Valores

A APCC – Associação para a Promoção Cultural da Criança vai realizar nos dias 10 e 11 de Junho uma acção de formação denominada “Tens Valor? – Educar para os Valores Crianças e Jovens. Esta formação, que se realiza no Centro de Férias de Alvito (Alentejo), é dirigida aos animadores que têm colaborado com a associação na realização dos seus campos de Férias.

A APCC pretende “com esta formação desenvolver competências no âmbito da Educação para os valores, de modo a poderem ser aplicadas em contextos de educação não formal com crianças e jovens. Com isso, espera-se melhorar a qualidade pedagógica e educativa dos Campos de Férias, oferecendo recursos teóricos e práticos dentro desta temática”.

Sobre esta acção de formação, e especialmente pela sua pertinência e importância, pretendo partilhar algumas opiniões pessoais enquanto animador sociocultural.

Antes porém, julgo conveniente falar-vos da minha ligação à APCC. Desde 1992 que mantenho uma colaboração regular com esta associação na qualidade de uma espécie de “consultor externo” (é não sou nem dirigente, nem sequer associado, porque por questões éticas e deontológicas que se prendem com a instituição onde trabalho considero que tal não seria correcto).

Assim, tenho com a APCC no desenho e execução de um conjunto de projectos no domínio da formação de animadores de intercâmbios juvenis, de campos de férias, e de grupos de jovens. Tais projectos proporcionaram-me experiências muito significativas do ponto de vista profissional.

Ao longo destes anos fui assistindo, e às vezes participando, em debates e reflexões com e entre dirigentes e animadores da associação sobre a importância de dar conteúdos educativos às actividades desenvolvidas pela APCC com crianças e jovens. Trata-se de um propósito que, em meu entender, deve ser relevado e que corresponde a preocupações e desafios particularmente importantes em Animação Sociocultural como referi há dias num outro artigo deste blogue.

A acção de formação que agora se vai realizar é, então, parte integrante do processo de desenho e de implementação de um projecto educativo, o qual, em meu entender, deve sempre estar subjacente a actuações na área sociocultural dirigidas a crianças e jovens. É um caminho que a APCC (e, obviamente, outras associações) tem procurado trilha.

Um caminho que nem sempre é devidamente entendido, e especialmente acompanhado, por instituições públicas com responsabilidades nesta área, as quais com demasiada frequência preferem embarcar em iniciativas, mais ou menos mediáticas, mais ou menos susceptíveis de adesão massiva ou de financiamento fácil, mas quase sempre com valor pedagógico muito discutível.

Por tudo isto não posso deixar de endereçar á APCC os meus parabéns e os meus votos de que este trabalho prossiga e que permita atingir os propósitos que o motivam.

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